sábado

O PERÍMETRO IRRIGADO (DNOCS) NA CHAPADA DO APODI NÃO ESTARÁ NA AGENDA DA PRESIDENTE DILMA

Assim como a imprensa potiguar e alguns Blogs de circulação em nosso estado haviam divulgado há algumas semanas atrás, a agenda da Presidenta Dilma teria como uns de seus pontos a assinatura da Ordem de serviço do perímetro Irrigado da Chapada do Apodi, e até agora o certo será a assinatura da concessão de funcionamento do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante-RN. 

O Movimento Sindical e os movimentos sociais e outras instituições articuladas através do Fórum do Campo Potiguar – FOCAMPO com apoio de Estudiosos Professores Universitários da UFRN vem se mobilizando e elaborando uma Proposta alternativa para provocar mudanças no atual projeto apresentado e que está em pleno andamento através do Departamento Nacional de Obras e Combate a Seca – DNOCS do Ministério da Integração Nacional.

Para os Movimentos e Organizações (FOCAMPO) a proposta atual destrói os Agroecossistemas locais presente na Chapada do Apodi, expulsa as famílias camponesas residentes há dezenas de anos, e ainda vai de encontro com o Projeto de Desenvolvimento Sustentável e Solidário que tem como principal pilar a Agricultura Familiar Camponesa.

Diante disso, toda sociedade precisa ficar atenta para conhecer MAIS, pois todos os dias comemos alimentos envenenados vindos desses modelos de agricultura, principalmente dos perímetros irrigados, já falidos em todo Nordeste, e que a vida no Campo na Chapada do Apodi é a prova viva de que a Agroecologia e os produtos saudáveis podem chegar à mesa de todo povo potiguar.

Enviado por: Valdivan Almeida - IDS

Urgente! Mulheres da MMM do Brasil pedem solidariedade a Apodi


Companheiras,
A Marcha Mundial das Mulheres do Brasil solicita a solidariedade de companheiras e companheiros de todo o mundo em sua luta para revogar o Decreto Nº 0-001 de 10 de Junho de 2011. Esse decreto irá desapropriar mais de 13 mil hectares de terra na região da Chapada do Apodi, na região Nordeste brasileira, expulsando mais de 150 famílias, que correspondem a cerca de 500 pessoas.
A maioria dessas famílias e grupos é constituída de militantes da Marcha Mundial das Mulheres e de outros movimentos sociais brasileiros que serão expulsos de suas casas, de suas terras e de uma história de afirmação da agricultura camponesa, baseada na agroecologia e na soberania alimentar, que vem sendo construída por esses trabalhadores e trabalhadoras há mais de 60 anos.
 
O objetivo desse projeto de desapropriação, coordenado pelo Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS), um departamento do governo Brasileiro, é beneficiar 5 (cinco) grupos de empresários do hidro e agronegócio, desviando as águas da Barragem de Santa Cruz do Apodi para a irrigação. A ação dessas empresas em regiões próximas já mostrou seus efeitos perversos: contaminação da água da terra e do ar com veneno usado nas plantações e exploração do trabalho das mulheres no campo..
Solicitamos sua solidariedade urgente por meio do envio de manifestações contrárias á aprovação deste projeto, diretamente para a Secretaria-Geral da Presidência da República antes da data de 27 de novembro de 2011. Encaminhamos abaixo um modelo de mensagem. Por favor, podem copiar o conteúdo e enviar assinado por seu movimento ou entidade para o email: sg@planalto.gov.br com copia para info@marchemondiale.org
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!
 
Marcha Mundial das Mulheres - Brasil
 
Enviado por : Adriana - CF8

Trabalhadores decidem hoje se realizam protesto na vinda de Dilma


FOTO: STR de Apodi
Líderes sindicais e do movimento campesino do Rio Grande do Norte se reúnem amanhã, às 9h, em Natal, para decidir se farão protestos durante a passagem da presidente Dilma Rousseff pelo Estado na segunda-feira, 28, quando assinará o projeto do Perímetro Irrigado da Chapada do Apodi. O encontro será acompanhado pela equipe de preparação da vinda da presidente.
Desde o início, os trabalhadores se opõem ao modelo que está sendo apresentado, alegando que sairão prejudicados e que, possivelmente, serão obrigados a deixar suas terras em nome do agronegócio.
Ainda na quinta-feira, 24, lideranças de Apodi, representadas pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR), Francisco Edílson Neto, e do Fórum do Campo Potiguar, fizeram uma reunião de emergência com a equipe presidencial para expor suas reclamações. Edílson Neto disse ter saído da discussão mais confiante de que agora e os agricultores serão ouvidos. "Ainda acreditamos que tem uma luz que vai mudar essa história", disse.
Edílson enfatizou ainda que sentiu uma sensibilização maior por parte dos representantes públicos, tanto que espera agora que os próximos diálogos sejam traçados diretamente com a Casa Civil da Presidência da República e não mais com o Ministério da Integração Nacional.
O projeto do Perímetro Irrigado de Apodi será realizado com recursos da ordem de R$ 280 milhões, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao todo, serão beneficiados 5.200 hectares com perspectiva de gerar pelo menos 15.600 empregos diretos. A água será retirada da barragem Santa Cruz do Apodi, que fica localizada na região do Vale.
Ainda nesta semana, duas mil cartas foram endereçadas ao Palácio do Catete, pedindo à presidente Dilma que revogasse a decisão que desapropria áreas para a instalação do projeto. Com todas essas mobilizações acontecendo, as autoridades continuam afirmando que os problemas de entendimento com os campesinos já foram resolvidos.

Fonte: Jornal de Fato

sexta-feira

O veneno está na mesa

Uma pesquisa realizada com 62 mães em processo de amamentação na cidade de Rio Verde (MT) revelou que 100% delas tinham agrotóxicos no leite materno. O diagnóstico – assustador – feito pelo dr. Wanderlei Pignati e pela mestranda da saúde Danielly Palma, da Universidade Federal do Mato Grosso, faz parte do filme “O veneno está na mesa”, do documentarista e cineasta Silvio Tendler, que denuncia o uso abusivo de agrotóxicos no país. 80% das mães pesquisadas tinham DDE, que é proibido no Brasil há mais de uma década, o que significa que elas consumiram e foram impregnadas na infância ou há o uso clandestino do agrotóxico. O documento lançado em agosto último é impactante, assustador, porém providencial, para que o tema seja colocado no debate do dia. Em entrevista à revista “Nordeste Vinteum”, editada no Ceará, Tendler fez o alerta que os agricultores estão morrendo nas plantações, em consequência de uma sociedade predatória que é capaz de matar em troca de lucro. Ele revela que no campo a população é obrigada pelas circunstâncias a conviver e manipular o veneno, o que gera muitas doenças profissionais e mata. Na cidade, as pessoas consomem a comida “envenenada”. O impacto na saúde reflete no orçamento do país. Tendler revela que “as doenças profissionais consomem 50 milhões de reais por ano dos brasileiros, o que equivale a 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.” Grande parte desse valor, segundo pesquisa, é destinada para tratamento de vítimas de agrotóxicos. Um contraponto forte para a tese de que a agricultura com agrotóxico é mais barata e rentável. O Sistema Único de Saúde (SUS) paga a conta. O mais grave, alerta o cineasta, é que o governo brasileiro não está fazendo nada. Os fabricantes de agrotóxicos ditam as regras. Venenos que são proibidos na China, nos Estados Unidos, na Europa e na África são permitidos no Brasil, obrigando o brasileiro a viver numa sociedade que é capaz de matar em troca de lucro. “Os transgênicos e os agrotóxicos são garantia exigida pelos bancos para financiar a safra do agricultor. Nós comemos comida podre porque os bancos pedem isso como garantia”, denuncia Tendler.
Fonte:Coluna do Cesar Santos
do Jornal de Fato

segunda-feira

Agricultoras apodienses enviam 2.000 Cartas a Presidente da República.

As mulheres de Apodi lutam contra o agro e hidronegóio na Chapada do Apodi


Foto: STTR de Apodi

Na manhã da última sexta-feira (18),  a Comissão de Mulheres do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras rurais do município de Apodi enviaram cerca de 500 cartas, endereçadas à Presidência da República, pedindo a Presidenta Dilma  Rousseff  a revogação do Decreto Nº 0-001 de 10 de junho de 2011 para desapropriação de mais de 13 mil hectares de terra na região da Chapada do Apodi que expulsará de suas casas, terras e de sua história mais de 150 famílias.

Quem coordena o projeto de desapropriação e, ao mesmo tempo, de expulsão dessas dezenas de famílias é o Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS). “O DNOCS em tese deveria lutar juntamente com trabalhadores e trabalhadores do Nordeste para a convivência sustentável no Semiárido, no entanto o que a instituição está fazendo com esse projeto é se juntar com as empresas do agro e hidronegócio para nos expulsar de nossas casas, nossas terras e nossa hostória que temos construído ao longo de mais de 60 anos somente nessa região”, declara Francisca de Lima, mais conhecida como Kika, coordenadora da Comissão de Mulheres do STTR Apodi.

“O envio destas cartas para a nossa presidenta, que é uma mulher de luta, é para mostrar que nós não quermos esse projeto aqui em Apodi, pois não vai trazer benefícios para nós pequenas agricultoras e apicultoras, ao contrário vai envenenar nossas abelhas, vai enevenenar nossa comida e nossa água”, declara Francisca, trabalhadora rural do Assentamento Sítio do Góis.

De acordo com Kika a iniciativa de escrever tantas cartas para a Presidenta Dilma surgiu em uma das reuniões da Comissão de Mulheres do STTR Apodi quando se discutia as alternativas de barrar esse projeto no município. “Foi um desafio muito grande para as mulheres escreverem essa carta, pois a maioria sabe escrever muito pouco e muitas vezes tínhamos que dizer letra por letra para que todas pudessem expressar em suas próprias palavras sua luta e indignação contra o projeto”, afirma Kika.

Enviadas essa última remessa, de um total de 2.000 cartas, começa agora uma nova fase, o momento para outras pessoas que não são de Apodi enviarem cartas para o planalto se solidarizando com a luta da Chapada.

Para o envio de cartas a presidência o endereço é: Presidência da República | Palácio do Planalto | Praça dos Três Poderes | Zona Física Administrativa | Cep.: 70150.900 | Brasília/DF.

Fonte: Bolg do Cetro Feminista 8 de Março.